quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

ANALISANDO O DESEMPENHO DE EQUIPES ATRAVÉS DE INDICADORES DE DESEMPENHO VINCULADOS À CONCEITOS

            Em pouco tempo os números se tornaram um dos maiores componentes para a análise de desempenho no futebol. Esta evolução já havia se tornado evidente na Europa e principalmente em outros esportes (Beisebol, Basquete, Futebol Americano, etc), porém no Brasil a maioria dos apaixonados por futebol só passou à prestar mais atenção na análise quantitativa em 2014, após a Copa do Mundo. Neste ano, muito falou-se em análise de desempenho, principalmente em relação à campeã do torneio, Alemanha.

            Os grandes clubes brasileiros passaram à investir mais na análise de dados e desempenho (aumentando a infraestrutura, adquirindo softwares, etc.), e em pouco tempo até os clubes menores passar à ter ao menos 1 analista de desempenho em suas comissões. Softwares e sites (mais acessíveis ou mais caros) oferecem um oceano de dados instantaneamente. Cabe à todos aqueles que gostam de utilizar estes dados (inclusive eu), à contextualizar os dados e atribuir um significado aos valores: só assim podemos transformar estes dados em INFORMAÇÃO.

            Obviamente que é melhor saber que a posse do City de Guardiola é de 65%, do que só imaginar ou supor que a posse é elevada. Porém dependendo da ótica utilizada (mais complexa ou mais objetiva), este simples percentual não nos dirá nada.

            Ou seja: não temos o modo correto ou incorreto de se analisar os números, o que acontece é que existem perspectivas e abordagens distintas.

            Quando nos propusermos à fazer um estudo pormenorizado de uma equipe (própria ou adversária), devemos nos perguntar: “O que este dado pode me fornecer de informação?”, “O que este número significa?”.

            Uma equipe pode atingir a marca de 65% de posse, mas ter menos que 400 passes por jogo e ter apenas 3 finalizações efetuadas em média. Isso significa que a equipe retém a bola e seus jogadores optam por carrega-la ao invés de trocar passes. Além disso, a equipe apresenta um volume ofensivo desproporcional à posse. Equipe apresenta dificuldades em criar chances de gol (construção ofensiva – falta profundidade).

            Ou seja mesmo que mais de uma equipe tenha 65% de posse, eles podem apresentar padrões completamente distintos de desempenho. Enquanto que o City de Guardiola, com os seus 65% de posse, troca mais de 600 passes e efetua mais de 15 finalizações em direção ao gol adversário, esta outra equipe nem se aproxima nos quesitos circulação de bola e volume ofensivo.

            Pensando nisso, resolvemos propor para debate, alguns indicadores de desempenho atrelados à conceitos. Todos os indicadores aqui propostos, são derivados daqueles dados básicos que temos acesso no Whoscored ou Footstats, por exemplo.

            - Indicadores da Fase Ofensiva
            - Circulação de Bola: Qual a frequência das trocas de passes das equipes?
            - Volume Ofensivo: Qual a frequência das finalizações em relação à posse da equipe?
            - Profundidade: Qual o % das finalizações de dentro da área da equipe?
            - Aproximação Associativa: Qual o % de passes curtos das equipes?

            - Indicadores da Fase Defensiva
- Solidez Defensiva: Qual a frequência de finalizações sofridas por minuto sem posse?
- Perde-Pressiona: Qual a frequência da tentativa de desarmes por minuto sem posse?

            - Indicadores de Modelo de Jogo
                        - Jogo Direto: Minutos de posse por duelos aéreos;

                        - Jogo Trabalhado/Verticalidade: Passes por finalização;


FONTES DE REFERÊNCIA E INSPIRAÇÕES
·         Eduardo Cecconi – Analista de Desempenho (Link)
·         Projeto Footure – Podcast The Pitch Invaders, Ep. 76 (Link)
·         Livro – A Síndrome do Palheiro (Elyahu Goldratt)
·         Livro –  Moneyball (Michael Lewis)
·         Livro – Os Números do Jogo (Chris Andersen e David Sally)

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

CAMPANHA DO INTER SUB-20 NA COPA IPIRANGA RS 2017





 O ano de 2017 para o Internacional pode ter sido um dos piores anos do clube na categoria profissional, mas a sua base vem colecionando boas campanhas e destaques individuais neste ano.

 Hoje falaremos um pouco sobre a campanha do Sub-20 Colorado na Copa Ipiranga RS 2017, comandado por Fábio Matias.

 A equipe fez uma campanha irregular ao longo da competição, e conseguiu sua classificação na última rodada, graças à uma goleada em cima do Argentino Juniors-ARG (6x1).

 Porém com a vitória sobre o Atlético-MG por 3x2, em jogo realizado ontem, o Inter já encontra-se na semi-final e aguarda pelo vencedor de Palmeiras x Juventude. 

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 Destaque Positivos:
  • Richard - Meia - Ponta Direita de alta velocidade e com boa finalização;
  • Netto - Meia - Ponta Esquerda de pé invertido, que faz muito bem o facão;
  • Brenner - Atacante - Centroavante de referência (força física), mas que se movimenta bem e vem buscar o jogo no meio campo;
  • Vini - Meia - 2º Volante com muita qualidade no apoio ofensivo;
  • Bruno Fuchs - Zagueiro pela direita, que possui boa técnica para distribuir passes curtos e verticais;

Vamos à análise:




Curiosidade: Todos os gols marcados e sofridos pela equipe, foram originados em finalizações de dentro da área;























terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Ricardo Colbachini e sua excelente temporada à frente do Inter B


 O jovem treinador vem se destacando nas últimas temporadas pelo Inter, mas ele já acumula mais 15 temporadas em categorias de base. Iniciou treinando equipes infantis do Juventude, quando tinha apenas 17 anos e cursava Educação Física. 
 Na medida em que aumentava sua experiência, aumentava a sua categoria de trabalho. Tanto é que em 2011, chegou à assumir interinamente o comando técnico do Caxias, quando tinha apenas 26 anos! Nesta época, ele se tornou o treinador mais jovem, à comandar uma equipe na Copa do Brasil.

Porém em 2017, Colbachini se destacou ao comandar o Inter B (Sub-23). 


 Porém muito mais que apenas resultados, Ricardo Colbachini se tornou peça fundamental na implementação de uma Filosofia (Cultura) para o Inter, que vai desde o Sub-10 até o Sub-23.

"Estamos com uma metodologia unificada desde o sub-10 até o sub-23. As equipes buscam um jogo bem apoiado, bola de pé em pé"." Colbachini durante a entrevista à Rádio Grenal.


 Baseado em seu trabalho no sub-23, podemos perceber alguns padrões interessantes das suas equipes:
  • Apoio ao portador da bola (aproximação) para facilitar triangulações e passes curtos;
  • Variações táticas (plataformas e posicionamentos) ao longo da partida;
  • Multidisciplinaridade dos atletas: o treinador desenvolve junto ao atleta novas funções que possam ser exercidas baseado nas características de cada um. Os maiores exemplos, ficam à cargo de Valdemir (Volante, Extrema Direita e Lateral Direito) e Bertotto (Volante, Zagueiro e Lateral Esquerdo).

 No Brasileiro de Aspirantes, o Inter tem 7 jogos (4 vitórias / 2 empates / 1 derrota), 67% de aproveitamento, 1,42 gols marcados por jogo e 0,71 gols sofridos por jogo.




Colbachini tem todas as condições para se tornar um dos grandes treinadores brasileiros em um futuro bem próximo! Vamos ficar de olho, torcendo muito para que ele consiga se desenvolver cada vez mais!


PS: Vale destacar a excelente temporada do atacante Joanderson pelo Inter B!


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Melhores Goleiros do Brasileirão 2017

 

  Após o término do Campeonato Brasileiro, chega o momento de montarmos a seleção do campeonato e como todo bom time começa por um bom goleiro, nada melhor do que elegermos (baseado em números), quem foi o melhor camisa 1 do campeonato.