Entre altos e baixos, parece que finalmente o Inter se encontrou
e passou a apresentar um desempenho sólido (razoável/bom) nas últimas rodadas.
Apesar de todas as turbulências, a equipe consegui encerrar o 1º turno na
vice-colocação atrás de 3 pontos do líder América MG, o que demonstra que em
condições normais de “temperatura e pressão” o Internacional poderia estar
apresentando na série B um desempenho semelhante ao que o Corinthians de
Carrile vem apresentando na série A.
Buscando compreender a trajetória do colorado na competição,
montamos uma série de análises da equipe, considerando Padrões Ofensivos,
Padrões Defensivos, Análise Tática e Análise do Rendimento.
·
PADRÕES OFENSIVOS – 4º
melhor ataque / 1,31 gols por jogo / Marcou em 74% dos jogos
·
Local da Finalização: O Inter mesmo não tendo plenamente
estabelecido uma mecânica de movimentação ofensiva, consegue realizar muitas
finalizações dentro da área adversária:
o
92% dos
gols marcados foram dentro da área;
o
Apenas
8% dos gols partiram de chutes de fora da área;
o
Distância
média das finalizações: 15 metros (entrada da área);
o
Nas
últimas partidas, as finalizações de fora da área representaram 26% do total de
tentativas;
Essa pouca representatividade nas finalizações longas é muito
subjetiva, porém reflete a característica do elenco atual, que não contém
jogadores que possuem essa característica marcante de finalizações longas
(Vitinho, Valdívia, Seijas e Alex são alguns exemplos recentes de jogadores com
estas característica).
·
Lado das Jogadas: A construção dos gols colorados na Série B
vem demonstrando uma evolução onde antes o Inter acabava pecando. Desde o
início do ano passado, as construções ofensivas coloradas consistiam
basicamente de jogadas pelas laterais do campo (91%), o que tornava a equipe
muito previsível no terço final de campo.
o
Na
série B, as jogadas laterais representaram 75%;
o
Jogadas
construídas pelo meio, representaram 25%;
Edenilson, D’Alessandro e Camilo serão os principais
responsáveis por manter viva as construções ofensivas pela faixa central do
campo.
·
Jogadas:
o
As
jogadas iniciais são aquelas onde a equipe inicia a construção da jogada onde o
gol foi originado. Neste quesito, destaca-se a Troca de Passes (28%). Esta
categoriza contempla desde troca de passes mais simples, até triangulações;
§
Passes por Jogo: 398 passes por jogo (89% de acerto)
§
Passes por Finalizações: 1 finalização à cada 28 passes
o
As
jogadas finais são aquelas que antecedem o momento da finalização. Esta
categoria tem como destaque os Cruzamentos (Bola Rolando + Escanteios), que
representam incríveis 44% de todos os gols marcados pela equipe na competição;
§
Cruzamentos por Jogo: 27 cruzamentos por jogo (24% de acerto)
§
Cruzamentos por Finalizações: 1 finalização à cada 2
cruzamentos:
·
PADRÕES DEFENSIVOS – Melhor defesa / 0,68
gols por jogo / Não sofreu gols em 47% dos jogos
·
Local da Finalização: Defensivamente o Inter acaba cedendo
muitas finalizações ao adversário dentro da área.
o
92% dos
gols sofridos foram dentro da área;
o
8% dos
gols sofridos foram de fora da área;
Ao definir a primeira linha com Winck – Klaus – Cuesta – Uendel,
o Inter passou à apresentar uma maior solidez defensiva e melhorou muito o
rendimento deste setor.
O Inter em média sofre apenas 3 finalizações certas por jogo e
para sofrer 1 gol, a equipe precisa sofrer quase 5 finalizações certas por
jogo.
·
Lado das Jogadas: Mesmo tendo a melhor defesa, a equipe vem
demonstrando uma certa instabilidade em seu lado esquerdo de defesa. 54% dos
gols sofridos iniciaram em jogadas naquele setor. Uendel, Cuesta, Dourado e
Sasha estão sendo os responsáveis por proteger o lado esquerdo nos últimos 3
jogos onde a equipe não sofreu gols.
·
Jogadas:
o
46% dos
gols sofridos pela equipe foram originados em cruzamentos;
o
31% dos
gols sofridos foram de cabeça;
o
100%
dos gols sofridos em cruzamentos, foram originados em jogadas efetuadas pelo
lado esquerdo. Princípios de marcação e cobertura nesta zona não estão bem
encaixados. (OBS: 83% destes gols já foram na era Guto)
A bola aérea defensiva vem apresentando certa fragilidade, porém
a maior defasagem na defesa consta na proteção do seu lado esquerdo.
·
ANÁLISE TÁTICA:
o
Plataformas utilizadas:
A plataforma que
possui um melhor aproveitamento é a atual, onde a equipe conquistou 80% dos
pontos disputados. Além disso, nesta formatação a equipe passou à finalizar
mais (18) com um excelente aproveitamento de 43%.
·
ANÁLISE DE RENDIMENTO: Visando complementar
nossas análises, além de uma visão simplesmente QUANTITATIVA, estabelecemos um
critério QUALITATIVO para avaliar o rendimento do Inter em cada partida (independentemente
do resultado).
1
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RUIM
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Equipe não construi e não consegiu conter as investidas do adversário.
|
2
|
MODERADO
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Atuação regular, sem grandes pontos positivos ou negativos.
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3
|
BOM
|
Bom desempenho. Em muitos momentos da partida houve um desempenho
interessante.
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4
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ÓTIMO
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Excelente atuação. Proposta da equipe foi bem implantada e apresentou
equilibrio em todas as fases do jogo.
|
5
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ALTO NÍVEL
|
Ápice do rendimento. Partida perfeita onde a equipe praticamente não
errou em nenhum momento. Adversário praticamente não conseguiu jogar.
|
O Inter vem evoluindo e parece ter encontrado um certo equilíbrio
em suas atuações.
Para o 2º turno o desafio é manter o embalo das últimas 3
rodadas e encontrar uma forma de definir os jogadores de ataque entre D’Ale,
Camilo, Nico, Pottker, Damião e Sasha.
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