terça-feira, 19 de maio de 2015

Os 10 Mandamentos para o Analista de Desempenho



1. Confiança
Muita das vezes a análise do desempenho é utilizada para criticar o rendimento dos atletas. A análise do jogo é como qualquer outra ferramenta de auxílio para o treinamento, objetivando melhorar o rendimento dos jogadores, e num momento adequado e oportuno, apresentar os erros cometidos. Pois se apresentarmos só os erros, não vamos conseguir extrair melhor rendimento dos atletas. Lembre-se que a análise uma ferramenta de aprendizagem e deve ser utilizada para dar feedback positivo e críticas construtivas.

2. Relatórios
É de extrema importância trabalhar no relatório e na apresentação. Se a informação é mal apresentada, o trabalho será perdido. Faça como uma grande notícia de jornal, em que sobressaía a informação desejada e ter cuidado em não se prender em detalhes de um jogador ou com um “mar” de informações menos importantes.

3. Tático, Técnico, Físico & Psicológico
O analista deve preocupar-se com as 4 áreas acima, levando em consideração a informação solicitada pelo treinador e a informação adicional por parte do analista. É da nossa responsabilidade criar um vídeo motivacional, assim como, levar a câmera para o campo e filmar os treinamentos. Devemos dar maior atenção aos aspectos táticos, seguido das outras áreas.

4. Nem tudo que é importante, pode ser analisado
Nem tudo pode ser medido e quantificado, porém temos a tentação de querer quantificar todas as ações. Existem esportes onde todos os movimentos e detalhes necessitam ser mensurados, no entanto há outros onde é importante ter o equilíbrio entre o objetivo e o subjetivo. Não perca tempo em analisar tudo o que você pode, basta ter a consciência que algumas coisas não podem ser analisadas.

5. Análise não substitui a tomada de decisão
As vezes as estatísticas podem mascarar o que realmente acontece, devemos ter atenção para transmitir a informação pertinente, principalmente com os treinadores da “velha guarda” que não se preocupam com este tipo de informação. Devemos ter a análise numa perspectiva de auxílio e não como um fator principal na tomada de decisão.

6. Conhecer o Esporte
Não é necessário ser um exímio especialista no esporte, mas é preciso entender os princípios e estratégias que o norteiam. Muitas das vezes seremos os olhos da comissão técnica, temos ter em consideração a filosofia e os objetivos do clube e sua aplicação nos treinos e jogos. É importante ter um curso de treinador que irá proporcionar um maior entendimento no seu esporte.

7. Não basta recolher dados – faça a diferença!
Acontece muitas vezes em que os treinadores recebem páginas e páginas de um relatório de um jogo e nem sempre a informação que ali consta é pertinente. Um ponto de partida é ter bem claro o objetivo da nossa análise, se não – Porque estamos coletando?

8. Estilos de Aprendizagem
Sabemos que atletas e treinadores apresentam diferentes estilos de aprendizagem. Devemos saber qual recurso utilizar para a informação ter maior impacto para jogadores e treinadores, utilizando 3 recursos básicos – Auditivo, Visual e Cinestésico.

9. Estar Preparado
Devemos estar sempre preparados com os “imprevistos” quando se trabalha com tecnologias, apesar dos avanços tecnológicos. Certifique-se que está tudo carregado e realize backups com frequência.Criar um checklist é um bom recurso para que tudo ocorra bem.

10. Manter-se Atualizado
Estamos em uma indústria completamente nova, com mais ou menos 15 anos de existência. Quando comparamos com outras disciplinas como Treinamento Esportivo e Psicologia temos um longo caminho a percorrer em termos de descobrimento de novas práticas de análise. É vital ter a mente aberta para novas idéias e conceitos. Congressos, workshops, blogs e sites de relacionamentos são ótimas maneiras de aprender e compartilhar novas idéias. Não devemos parar de aprender coisas novas sobre análise de desempenho, pois ainda temos muito que descobrir sobre esta área.

Artigo traduzido – www.thevideoanalyst.com

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