sexta-feira, 24 de julho de 2015

A DOÍDA DERROTA COLORADA NA LIBERTADORES !

 Muito se falou nesta semana sobre a quase mordida do Tubarão no surfista Mick Fanning. Porém a nenhuma mordida doeu tanto quanto a mordida do Tigres no Internacional.
 Como colorado que sou, foi um das derrotas mais doídas de que me lembro. Nestes momentos de tristeza, parece que apenas a Libertadores tem graça e que o trabalho/esforço de todo o ano foram em vão. Mas isso não é verdade !

 Vamos aos números da derrota Colorada !







A Análise Estatística nos principais quesitos como Passe e Chutes, estão equilibradas. O Tigres levou uma enorme vantagem em seus dribles realizados (12 x 6 ) e dribles realizados no ataque foram de (8 x 2), ou seja o Tigres era o time que mais pressionava para marcar gols.

Agora veremos a Análise Tática da derrota, publicado no Blog Painel Tático, de Léo Miranda.

"O Inter jogou como muita gente queria.

Aguirre modificou o 4-4-2, puxou Lisandro para o lado e centralizou D’Ale num nítido 4-2-3-1. Talvez a ideia fosse pressionar o Tigres a partir dos volantes e ter o camisa 10 lançando para Valdívia, na direita, e Lisandro na esquerda. Era um pedido da torcida. A imagem mostra.Mas deu tudo errado no quente México. O calor pode explicar um pouco da queda brusca (ou melhor, inexistência) de intensidade do Internacional, conhecido por fazer gols no início com marcação sufocante. O Tigres de Tuca Ferreti, no costumeiro 4-4-1-1 com Gignac se movendo o tempo todo, dominou tranquilamente.O gol confirmou a superioridade. E também expôs como a opção por D'Ale no centro arruinou o jogo do Inter: veja na imagem que ele e Valdívia não voltam, desprotegendo a defesa no momento do cruzamento. Arévalo, a princípio livre, enganou William na marcação e deixou Gignac livre pro cabeceio.É sabido que D'Ale tem dificuldades de sair da marcação do adversário quando joga centralizado. Por isso Aguirre o escalava aberto, com espaço para pegar a bola de frente e lançar Valdívia - foram muitos gols assim. Por qual motivo ele voltou ao centro? Veja a imagem: D'Ale está no campo do Tigres e recebe forte marcação, sendo obrigado a virar de costas e passar pra trás, atrasando a ação de ataque.O time não evoluía as jogadas e a bola "queimava no pé". O tempo passava, a ansiedade aumentava - quando o emocional interfere, a concentração do jogador diminui e a chance de erro aumenta. O gol contra foi um balde de água fria e desmoronou o time. Não é desculpa, é futebol: um esporte tático, físico, psicológico, sociológico. Nenhuma análise pode separar essas vertentes.

Nada mudou com a entrada de Sasha. O calor, a dificuldade de transitar a bola, a pressão pelo resultado....tudo perfeito para o Tigres recolher as linhas a partir dos 30 do segundo tempo, ou cortar pela raíz o jogo de passes do Inter, com marcação avançada para neutralizar D'Ale, Dourado e Aranguiz.O terceiro gol, em nova falha defensiva (e falta de recomposição dos homens de frente) selou a doída derrota de erros em profusão. O Colorado passou atacar, mas errado: D'Ale tocava na bola e tinha 8 jogadores de amarelo em sua frente. Sasha e Valdívia não davam profundidade - veja os círculos vermelhos vazios - e o passe pra trás era a única opção.
D’Ale centralizado, zero intensidade, grande atuação do Tigres, emocional abaladado....muita coisa explica a noite de terror do Inter. Claro, agora aparecerão diversas teses para a derrota, mas nada de terra arrasada: não é pouco chegar numa semi de Libertadores. Tampouco é normal perder do jeito que perdeu."

Fonte: 
Estatísticas: goal.com/br
Tática: Blog Painel Tático de Léo Miranda

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