terça-feira, 20 de junho de 2017

O dilema do preparo físico colorado

 Fazem no mínimo 3 temporadas consecutivas que a queda de rendimento colorado acaba sendo justificada pela má (ou falta de) preparação física do elenco.
 Mas o que os números podem dizer sobre isso ?



  Desde os tempos de Diego Aguirre, quando o Internacional iniciava os jogos com um ritmo alucinante, mas que perdia o fôlego nos finais das partidas, surge o tema da FALTA DE PREPARO FÍSICO ADEQUADO NO INTERNACIONAL. Em 2016 e 2017 esta comparação persistiu.
 O Inter demonstrou pontos de evolução em relação à desastrosa temporada de 2016, mas tudo isso se torna pouco perto das expectativas e investimentos efetuados pelo Inter nesta temporada. 
 Veja à seguir o balanço do Inter nesta temporada:


 Perceba que mesmo tendo números relativamente bons nos quesitos ofensivos, defensivamente o Inter cede muitos espaços e oportunidades para o adversário. Somente em 23% dos jogos disputados este ano, o Inter não sofreu gols (8). Para termos uma ideia, o Grêmio tem um percentual de 44% (15 jogos).


 Além de estar apresentando resultados abaixo do esperado, o rendimento colorado (avaliação qualitativa subjetiva) vem em uma estagnação evolutiva incrível. Enquanto o aproveitamento de pontos cai, percebemos que o nível de atuação do Inter se mantém cada vez mais próximo do 2 (Moderado / Ruim).

 Segue mapeamento dos gols marcados e sofridos pelo Inter em 2017.



 Após apresentarmos todos estes dados, como podemos avaliar a influência da preparação física colorada nisso tudo que apresentamos. 


Conclusão:  Está comprovado que o Inter vem demonstrando uma instabilidade defensiva no 2º tempo e mais precisamente nos 15 minutos finais de cada partida, onde: geralmente sofre mais gols, desarma menos e concede mais finalizações ao adversário. Porém existe um contraponto nisso tudo... identificamos que nos aspectos ofensivos, o Inter marca mais gols e possui um volume ofensivo de finalizações muito maior no 2º tempo. 
 Fica difícil de mensurar a intensidade desta relação, mas podemos supôr que este aumento da intensidade ofensiva no 2º tempo, pode estar acarretando em um comprometimento desnecessário das forças físicas e mentais da equipe nas fases defensivas, nos finais de cada partida.




Um comentário:

  1. É possível afirmar que o cansaço dos jogadores colorados é fruto de estarem correndo "errado". Em quase todos jogos do Inter é dado um "abafa" para conseguir o resultado, e normalmente essa pressão ocorre no início do segundo tempo. Um exemplo foi o jogo contra o Palmeiras, o inter conseguiu marcar o gol e recuou sem necessidade, pois estava com um bom volume de jogo, o resultado todos sabem... Um time pode muito bem ter sua alternativa de jogo pela lateral, mas não pode se privar à somente esta. É necessário uma mudança de postura do time, entender que a Serie B não é só um campeonato de passagem, mas é uma competição para entrar com gana de ganhar. O elenco do Inter é incomparavelmente superior ao do Grêmio de 2005, mas ainda não entendeu que precisa de jogadores com vontade de vencer, ou motivar os que já tem em casa. O vício dos passes laterais ou para defesa é algo preocupante. Falta verticalidade e objetividade de seus atletas, falta agressividade no ataque. Enquanto os jogadores não entenderem que cada partida vale "um prato de comida", o Inter continuará sendo apenas um ex grande time. Ser grande e respeitado vem da postura da equipe em campo, e não fora dele. Que o Inter tenho um "baque" antes do Grêmio em 2005, e não precise tomar 4 à 0 de ninguém. Ironicamente, foi também na 9ª rodada que o Grêmio percebeu que precisava voltar a ser grande no gramado para poder gozar de seu prestigio fora dele.

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