terça-feira, 29 de agosto de 2017

A volta do orgulho pela Seleção Brasileira - Uma breve análise da "Era Tite"



 A Seleção Brasileira, praticamente em toda sua história foi referência máxima no futebol ou no mínimo estava entre as melhores do mundo. Porém estas afirmações não estavam mais se encaixando com a realidade da seleção desde o final da Copa do Mundo de 2014 (ou ainda lá na Copa do Mundo de 2006). Resumindo: fazia tempo que não tínhamos orgulho de ver o futebol da Seleção Brasileira; fazia tempo que não víamos um desempenho tão elevado; fazia tempo que não víamos princípios táticos tão bem aplicados; fazia tempo que não víamos um treinador aproveitar tão bem nossa "safra de talentos". 


 Este panorama começou à melhorar, quando Tite assumiu o comando do Brasil. Imediatamente a equipe respondeu: coletivo ajustado, funcionando harmonicamente e individualidades se sobressaindo.
 Veja os números da seleção, após Tite ter assumido o comando técnico:


  • SEQUÊNCIA DE VITÓRIAS: Tite venceu seus 9 primeiros jogos (marcando 25 gols e sofrendo apenas 2);
  • APROVEITAMENTO: Nos seus últimos 11 jogos, a seleção apresentou um aproveitamento monstruoso de 91%;
  • PODER OFENSIVO: Média de 2,64 gols por jogo, tendo marcado no mínimo 1 gol em 10 das 11 partidas;
  • SOLIDEZ DEFENSIVA: Média de 0,27 gols sofridos por jogo (praticamente 1 gol à cada 4 jogos), não tendo sofrido gols em 8 dos 11 jogos;

 Em relação aos destaques individuais, podemos citar:.
  • Neymar: Atuando como extrema esquerda no 4141, o camisa 10 possui total liberdade para flutuar em todos os setores do campo. Explora muito bem a diagonal interna, quando sai da ponta esquerda em direção à entrada da área. Tem o cacoete de buscar jogadas indo até a linha de fundo. É o maior artilheiro e o maior garçom na "Era Tite";
  • Philippe Coutinho: Com muitas características semelhantes à Neymar, Coutinho possui a responsabilidade de dividir a criação das jogadas ofensivas com o camisa 10, e vem cumprindo  muito bem este papel. Diferente de Neymar, Coutinho possui em sua característica o jogo pelo meio e acaba se movimentando muito na intermediária central de ataque;
  • Gabriel Jesus: O jovem camisa 9 que encantou Guardiola talvez tenha sido a principal mudança individual que Tite trouxe à seleção. Jesus tem um ótimo senso de posicionamento e seus fundamentos de passe, drible e finalizações são fundamentais para exercer a profundidade que Tite tanto deseja na seleção. 

Veja os padrões dos gols marcados pela Seleção Brasileira de Tite:

  • 83% dos gols marcados foram dentro da área;
  • Neymar participou diretamente de 41% dos gols da Seleção (6G+6A);
  • Gabriel Jesus participou diretamente de 28% dos gols da Seleção (5G+3A);
  • 41% dos gols da seleção foram de jogadas construídas em Troca de Passes e 14% foram em jogadas de Contra-Ataque;
  • Em relação às jogadas de conclusão (que antecedem à finalização), temos a Troca de Passes com 28%, seguido pelos Cruzamentos com 14%;
  • 52% dos gols marcados pela Seleção de Tite foram marcados no 2º tempo;
  • Incríveis 45% dos gols marcados, foram em jogadas construídas pelo lado esquerdo;





 Pensando à longo prazo, estamos ainda na fase inicial deste projeto e o potencial para crescimento desta equipe é gigantesco. 
 Vejamos as próximas apresentações para confirmar esta boa fase!

#ParabénsTite




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