terça-feira, 15 de agosto de 2017

BALANÇO DO PRIMEIRO TURNO – INTER

Entre altos e baixos, parece que finalmente o Inter se encontrou e passou a apresentar um desempenho sólido (razoável/bom) nas últimas rodadas. Apesar de todas as turbulências, a equipe consegui encerrar o 1º turno na vice-colocação atrás de 3 pontos do líder América MG, o que demonstra que em condições normais de “temperatura e pressão” o Internacional poderia estar apresentando na série B um desempenho semelhante ao que o Corinthians de Carrile vem apresentando na série A.


Buscando compreender a trajetória do colorado na competição, montamos uma série de análises da equipe, considerando Padrões Ofensivos, Padrões Defensivos, Análise Tática e Análise do Rendimento.



·         PADRÕES OFENSIVOS – 4º melhor ataque / 1,31 gols por jogo / Marcou em 74% dos jogos


·         Local da Finalização: O Inter mesmo não tendo plenamente estabelecido uma mecânica de movimentação ofensiva, consegue realizar muitas finalizações dentro da área adversária:
o   92% dos gols marcados foram dentro da área;
o   Apenas 8% dos gols partiram de chutes de fora da área;
o   Distância média das finalizações: 15 metros (entrada da área);
o   Nas últimas partidas, as finalizações de fora da área representaram 26% do total de tentativas;
Essa pouca representatividade nas finalizações longas é muito subjetiva, porém reflete a característica do elenco atual, que não contém jogadores que possuem essa característica marcante de finalizações longas (Vitinho, Valdívia, Seijas e Alex são alguns exemplos recentes de jogadores com estas característica).

·         Lado das Jogadas: A construção dos gols colorados na Série B vem demonstrando uma evolução onde antes o Inter acabava pecando. Desde o início do ano passado, as construções ofensivas coloradas consistiam basicamente de jogadas pelas laterais do campo (91%), o que tornava a equipe muito previsível no terço final de campo.
o   Na série B, as jogadas laterais representaram 75%;
o   Jogadas construídas pelo meio, representaram 25%;
Edenilson, D’Alessandro e Camilo serão os principais responsáveis por manter viva as construções ofensivas pela faixa central do campo.

·         Jogadas:
o   As jogadas iniciais são aquelas onde a equipe inicia a construção da jogada onde o gol foi originado. Neste quesito, destaca-se a Troca de Passes (28%). Esta categoriza contempla desde troca de passes mais simples, até triangulações;
§  Passes por Jogo: 398 passes por jogo (89% de acerto)
§  Passes por Finalizações: 1 finalização à cada 28 passes

o   As jogadas finais são aquelas que antecedem o momento da finalização. Esta categoria tem como destaque os Cruzamentos (Bola Rolando + Escanteios), que representam incríveis 44% de todos os gols marcados pela equipe na competição;
§  Cruzamentos por Jogo: 27 cruzamentos por jogo (24% de acerto)
§  Cruzamentos por Finalizações: 1 finalização à cada 2 cruzamentos:



·         PADRÕES DEFENSIVOS – Melhor defesa / 0,68 gols por jogo / Não sofreu gols em 47% dos jogos


·         Local da Finalização: Defensivamente o Inter acaba cedendo muitas finalizações ao adversário dentro da área.
o   92% dos gols sofridos foram dentro da área;
o   8% dos gols sofridos foram de fora da área;
Ao definir a primeira linha com Winck – Klaus – Cuesta – Uendel, o Inter passou à apresentar uma maior solidez defensiva e melhorou muito o rendimento deste setor.
O Inter em média sofre apenas 3 finalizações certas por jogo e para sofrer 1 gol, a equipe precisa sofrer quase 5 finalizações certas por jogo.

·         Lado das Jogadas: Mesmo tendo a melhor defesa, a equipe vem demonstrando uma certa instabilidade em seu lado esquerdo de defesa. 54% dos gols sofridos iniciaram em jogadas naquele setor. Uendel, Cuesta, Dourado e Sasha estão sendo os responsáveis por proteger o lado esquerdo nos últimos 3 jogos onde a equipe não sofreu gols.

·         Jogadas:
o   46% dos gols sofridos pela equipe foram originados em cruzamentos;
o   31% dos gols sofridos foram de cabeça;
o   100% dos gols sofridos em cruzamentos, foram originados em jogadas efetuadas pelo lado esquerdo. Princípios de marcação e cobertura nesta zona não estão bem encaixados. (OBS: 83% destes gols já foram na era Guto)
A bola aérea defensiva vem apresentando certa fragilidade, porém a maior defasagem na defesa consta na proteção do seu lado esquerdo.




·         ANÁLISE TÁTICA:
o    Plataformas utilizadas:




A plataforma que possui um melhor aproveitamento é a atual, onde a equipe conquistou 80% dos pontos disputados. Além disso, nesta formatação a equipe passou à finalizar mais (18) com um excelente aproveitamento de 43%.

·         ANÁLISE DE RENDIMENTO: Visando complementar nossas análises, além de uma visão simplesmente QUANTITATIVA, estabelecemos um critério QUALITATIVO para avaliar o rendimento do Inter em cada partida (independentemente do resultado).
1
RUIM
Equipe não construi e não consegiu conter as investidas do adversário.
2
MODERADO
Atuação regular, sem grandes pontos positivos ou negativos.
3
BOM
Bom desempenho. Em muitos momentos da partida houve um desempenho interessante.
4
ÓTIMO
Excelente atuação. Proposta da equipe foi bem implantada e apresentou equilibrio em todas as fases do jogo.
5
ALTO NÍVEL
Ápice do rendimento. Partida perfeita onde a equipe praticamente não errou em nenhum momento. Adversário praticamente não conseguiu jogar.






O Inter vem evoluindo e parece ter encontrado um certo equilíbrio em suas atuações.
Para o 2º turno o desafio é manter o embalo das últimas 3 rodadas e encontrar uma forma de definir os jogadores de ataque entre D’Ale, Camilo, Nico, Pottker, Damião e Sasha.

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